terça-feira, 17 de maio de 2011

Gran Tarapacá Sauvignon Blanc Reserva 2010


Apesar do friozinho que está fazendo, vou escrever sobre um branco chileno. A temperatura recomenda um bom tinto encorpado, mas como aqui em casa a opção de jantar era uma salada de carpaccio, decidi pelo branco. E acertei, mais por sorte que por outra coisa.

Primeiro chute certeiro: tinha passado no supermercado e acabei pegando o que tinha de vinhos de meia garrafa. Fiquei entre o Casal Garcia (vinho verde) e o Gran Tarapacá. Achei que o chileno seria mais versátil.

O mais legal foi o seguinte: é difícil achar vinhos bons em garrafas de 375ml. Este Sauvignon Blanc foi uma grata surpresa.

Daí o segundo chute certeiro: a acidez deste vinho combinou muito bem com os ingredientes da salada de carpaccio. Mais perfeito só se o clima estivesse quente!

Quanto ao vinho: é muito fresco, devido à boa acidez (característica das sauvignon blanc). No aroma senti mix de maracujá, abacaxi e pêssego. Tem algo muito interessante neste vinho branco: aromas que lembram baunilha - devido ao tempo que ele passou no carvalho. É proveniente do Vale do Maipo, que é mais conecido por produzir vinhos tintos de qualidade.

Conclusão: vale muito a pena, principalmente para mantê-lo em casa para o consumo diário. Não é caro e é muito agradável. Recomendo para o verão. "Dá pra tomar +" fácil!

domingo, 15 de maio de 2011

Dois carmeres: Terra Noble Gran Reserva x Orzada

Saí de férias e para comemorar vou escrever sobre dois vinhos Carmenere: Terra Noble Gran Reserva e o Orzada. Os dois do vale do Maule e ambos de 2008. Não vou dizer que são chilenos, pois carmenere chileno é pleonasmo.



O vale do Maule fica a 250km ao sul de Santiago e é conhecido por ser uma região de vinhos mais simples e hoje é a maior produtora de vinhos do Chile. Apesar da Carmenere representar menos de 6% da área plantada do vale, temos aqui dois ótimos exemplos de vinhos bons desta uva.


O Odfjell Orzada Carmenere 2008 é um vinho mais fácil de tomar. Eu senti tons de cereja e muito chocolate, este último depois de deixar o vinho respirar um pouco.

O Terra Noble Gran Reserva já apresentou aromas de figo, café e tostado, conforme diz no próprio rótulo (tá certo que sou muito sugestionável). É um vinho de gente grande, com aromas e sabores mais complexos devido aos 12 meses que passou no carvalho francês. Pode ser viagem minha, mas senti um leve aroma de manteiga, devido à transformação malolática (quando o ácido málico em lático durante a fermentação).

Gostei muito dos dois vinhos. São da mesma região e safra, ficando boa parte da diferença entre eles na própria vinificação. Quem gosta de de algo mais rebuscado vai preferir o Terra Noble. O Orzada vai agradar mais a mulherada, que curte aromas mais fáceis e um pouco menos de taninos.

Na nossa classificação, "É bom" pros dois.

domingo, 8 de maio de 2011

Marson Cabernet Sauvignon Gran Reserva 2004

Comprei este vinho brasileiro (que eu não conhecia) em Salvador. Paguei R$ 70,00 em um empório. Curiosidade cara.

Abri a garrafa para tomar com amigos, sem acompanhamento - apenas o vinho. No aroma uma unanimidade: própolis com mel! No paladar muita madeira, ambos decorrentes do tempo que o vinho passou em carvalho americano.

Não agradou muito. A pedidos dos donos da casa, acabei trazendo mais de meia garrafa de volta comigo. Decidi dar mais uma chance ao Marson: fechei-o com a bomba de vácuo para tomá-lo no almoço do dia seguindo, acompanhando uma lasagna de calabresa ao sugo.

Antes de comer, estreei meu decanter. Depositei o vinho na recipiente e lá deixei por meia hora. Talvez isto foi o que faltou na noite anterior. Somado à harmonização com a lasagna, o vinho ficou muito mais agradável. Podia-se sentir, além do tal própolis com mel, ameixas e chocolate nos aromas. Ficaram mais claros na boca os tons de especiarias (característica dos Cabernet Sauvignons). Por ser encorpado, a calabresa da lasagna ajudou na combinação.

Valeu a segunda chance dada ao vinho. Uma refeição boa, alternando entre um jogo do Barcelona e a final do ATP Tour de Madrid, entre Nadal e Djokovic, talvez pedissem um vinho espanhol em homenagem, mas foi bom.

Dicas caso você tenha uma garrafa deste Marson em casa: deixe respirar em um decanter antes de beber e não o deguste sozinho. Faça-o durante uma refeição com uma massa um pouco mais forte ou uma carne vermelha. Na nossa classificação vai levar um "Dá pra tomar +" por toda esta frescura pra ficar um vinho legal. Acredito que existam opções tão boas quanto, ou até melhores, mais em conta.

domingo, 1 de maio de 2011

Santa Carolina Cabernet Sauvignon Reserva 2009



Começou o friozinho e com ele a época de tomar vinhos tintos. Isto me ajuda a baixar a superlotação da minha pequena adega, pois só tenho vinhos tintos.

Para começar esta temporada abri uma garrafa do Santa Carolina Cabernet Sauvignon Reserva 2009. Gostei bastante. Ele envelhece nove meses em barricas de carvalho francês e americano, o que pudemos observar ao abrir e sentir seus aromas: madeira bem presente, bom para quem gosta de aromas e sabores mais complexos (bom para mim!).

Proveniente do Vale de Colchagua (principal região produtora de Cabernet Sauvignon chilena), apresenta características bem marcantes deste tipo de uva: especiarias e um fundinho de chocolate.

Bebemos antes e durante comermos "Tutti Esfirras", da Tutti Pizza, que são praticamente pizzas brotinho (no meu caso pedi frango com catupiry e bacon e marguerita). Foi um vinho mais agradável com a primeira esfirra do que sozinho ou com a marguerita, mas isto é detalhe. Ele é realmente bem gostoso. Na nossa classificação "É bom".